Temporada de resultados do 2º trimestre de 2024 tem como destaque o aumento da transparência sobre questões ambientais, aponta relatório de ESG da XP
A crescente demanda regulatória e a ampliação dos casos de desastres naturais têm feito as empresas ampliarem a divulgação de dados referentes à agenda climática. Esta é a constatação da equipe de ESG da XP Investimentos, a partir da análise de resultados do segundo trimestre para companhias brasileiras listadas em bolsa.
A publicação de dados do trimestre serviu para muitas empresas anunciarem o lançamento de relatórios integrados ESG ou de sustentabilidade referentes a 2023. Além disso, as companhias têm usado as divulgações trimestrais para publicar dados ESG coletados ao longo do ano, incluindo metas de curto e médio prazos para monitorar o progresso em relação às metas de longo prazo, diz a XP.
Desastres naturais e agenda climática das empresas
O aumento da divulgação de dados da agenda climática guarda relação com os eventos ocorridos no primeiro semestre. Em particular, as empresas abordam a crise vivida com as inundações no Rio Grande do Sul. Por isso, as companhias têm relatado aos acionistas as mudanças de planos e a necessidade de adaptação ou mitigação de danos nas operações. Também informam sobre doações financeiras e materiais aos gaúchos.
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Em sua carteira recomendada de ESG para agosto, a XP destaca as movimentações de cinco empresas:
Equatorial – Compartilhou informações sobre 33 ações segmentadas monitoradas mensalmente por um Comitê de Segurança. O objetivo é reduzir a frequência e gravidade dos acidentes envolvendo funcionários e terceiros.
Telefônica Vivo – Divulgou novas metas corporativas para 2035. Destaque para a antecipação da meta de emissões líquidas zero em 5 anos (de 2040 para 2035).
Totvs – Apresentou a oitava edição de seu relatório integrado a anunciou a adoção de uma política de revisão bienal dos temas materiais.
Suzano – Anunciou que 44% de sua dívida total está vinculada a instrumentos ESG, com base em dados do encerramento do segundo trimestre de 2024.
Orizon – Trouxe dados sobre o segmento de biogás e créditos de carbono da empresa, que geram receitas de R$ 25 milhões por trimestre.
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