O principal destaque da pontuação foi o avanço na geração de renda e nas iniciativas voltadas para o bem-estar das consultoras de beleza da marca
A empresa de cosméticos e beleza Natura recebeu, pela quarta vez consecutiva, a certificação com o selo B Corp. O reconhecimento é concedido pelo B Lab, instituição independente e sem fins lucrativos. A primeira certificação ocorreu em 2014, quando a Natura se tornou a primeira companhia de capital aberto do mundo a receber o selo. As empresas B são modelos de negócio que visam o desenvolvimento social e ambiental.
A análise é feita de três em três anos, com base no desempenho ambiental, social e de governança das empresas dentro de cinco pilares: governança, colaboradores, meio ambiente, clientes e comunidade. Outros aspectos são levados em conta, como os chamados Modelos de Negócios de Impacto (IBMs).
A Natura é considerada uma das poucas empresas no mundo a se destacar em seis desses modelos: mitigação da pobreza na cadeia, conservação do solo e da vida silvestre, microdistribuição, desenvolvimento de funcionários, redução de toxinas e estatuto B.
Certificação de Empresa B
O principal destaque na certificação deste ano foi o pilar de comunidade, que avalia como as empresas interagem e impactam positivamente a sociedade no que diz respeito à inclusão, diversidade, justiça social e desenvolvimento econômico. A Natura teve um aumento de 32% na pontuação desse pilar em relação à avaliação realizada em 2020. Parte dessa evolução se deve ao desempenho do IBM de microdistribuição, com investimento em iniciativas em prol das consultoras de beleza e apoio ao empreendedorismo feminino.
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Para obter a certificação, as empresas se submetem a uma análise criteriosa. É necessário que as companhias formalizem no Estatuto Social o comprometimento com a geração de valor para a sociedade e não apenas para acionistas. Em 2024, a Natura alcançou 135 pontos em sua avaliação. Para conquistar o selo B Corp, as empresas precisam atingir, no mínimo, 80 pontos.
Recentemente, a companhia também lançou seu novo plano de transição climática para zerar as emissões de carbono (escopos 1 e 2) e reduzir em 42% as emissões do escopo 3 até 2030. As metas públicas também incluem proteger e regenerar a biodiversidade, ampliando a sua área de conservação do bioma de 2,2 milhões para 3 milhões de hectares.
No pilar dos direitos humanos, a Natura já eliminou diferenças salariais entre homens e mulheres e busca a inclusão de 30% de profissionais de comunidades sub-representadas socialmente em cargos de gestão. A empresa também vem promovendo a equidade de gênero por meio do fomento à corresponsabilidade, ao combate à violência contra a mulher e à liderança feminina. Atualmente, a empresa já tem 49,3% de mulheres nessas posições.
Outras conexões da Natura com o ESG
Neste ano, a Natura também se destacou em análises relacionadas a ESG, além de marcar presença no ranking global de empresas éticas, ser considera a companhia com a melhor reputação do Brasil e figurar entre as três empresas mais sustentáveis do mundo.
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