Financial Conduct Authority (FCA), o regulador de serviços financeiros no Reino Unido, deixou para abril de 2025 as novas exigências para fundos sustentáveis
A Financial Conduct Authority (FCA), órgão regulador de conduta para empresas de serviços financeiros e mercados financeiros no Reino Unido, adiou para 2 de abril de 2025 a entrada em vigor das novas regras de rotulagem e marketing de fundos sustentáveis, que estavam previstas para o fim deste ano. Os requisitos de divulgação de sustentabilidade (Sustainability Disclosure Requirements, SDR) e o regime de rótulos de investimento (PS23/16) foram publicados originalmente em 28 de novembro de 2023.
As regras “nomenclatura e marketing” (itens ESG 4.3.2R a ESG 4.3.8R do livro de referência ESG) estão relacionadas a fundos de investimento sustentáveis autorizados no Reino Unido e que usem as terminologias “sustentável”, “sustentabilidade” ou “impacto”’ (ou uma variação desses termos) no nome desse fundo.
- CFA critica marco regulatório ESG da União Europeia
- 86% das empresas desejam aumentar financiamento sustentável, diz pesquisa
Essas medidas temporárias não se aplicam a fundos que usam outros termos relacionados à sustentabilidade em seus nomes que não são especificados. Outras regras, incluindo aquelas antigreenwashing, em vigor desde 31 de maio de 2024, devem continuar a ser seguidas.
- ESG Insights no seu e-mail – Grátis: nossa newsletter traz um resumo da edição mais recente da revista ESG Insights, além de notícias, artigos e outras informações sobre sustentabilidade.
Regras para fundos sustentáveis
O SDR cria regras de nomenclatura e de marketing para produtos de investimento. Ele determina que termos ligados a sustentabilidade só podem ser empregados em marketing ou nomes de produtos caso um dos “rótulos” estabelecidos pelo SDR seja usado.
Se não houver um rótulo, o nome do produto deve refletir com precisão as características dos produtos, mas sem usar termos como “sustentável”, “sustentabilidade” ou “impacto”.
Mais informações no site do FCA.
ÚLTIMAS NOTÍCIAS
- IA avança na indústria da moda, mas produção segue precarizada
Até 2030, 30% do trabalho em diferentes elos da cadeia da moda na Europa e nos EUA deverá estar automatizado por IA - Desigualdade salarial: líderes negros ganham 34% a menos
Entre todos os trabalhadores, brancos recebem 66% a mais - COP30 repetiu erros e revelou contradições da transição energética
Mobilização de povos amazônicos reforçou a centralidade dos povos originários na defesa dos ecossistemas e na denúncia da crise climática - COP30: entre vitrine climática, finanças e resistência popular
Conferência combinou áreas diplomáticas, estruturas corporativas e espaços da sociedade civil, em uma arquitetura que cada vez mais favorece interesses privados - Transição energética justa deve contemplar pobreza e gênero
Com milhões ainda sem acesso regular à eletricidade na América Latina, a transição energética precisa ser repensada com justiça e democracia - Biocombustíveis perdem espaço para petróleo e energia solar
Análise de isenções fiscais e empréstimos do BNDES mostram privilégio de petróleo e importação de painéis solares - Concessões dos parques: deu ruim
Excessos elitistas desacreditam as concessões de praças e parques em São Paulo. Dá para resolver? - Micro e pequenas empresas seguem ignoradas na agenda climática
Quatro em cada cinco negócios operam sem nenhuma rede de segurança financeira contra desastres - COP30 traz avanços, mas abaixo da expectativa
Acordo final inclui metas de financiamento e métricas de adaptação ao clima, mas sem consenso sobre fósseis, desmatamento e minerais - Por que a COP30 não cumpriu a promessa de ser uma “Cúpula do Povo”
Acordos foram fechados, mas elementos cruciais fizeram falta
