Três levantamentos confirmam que fundos com olhar ESG vêm tendo desempenho superior
Três pesquisas recentes dão uma luz para um tema que já vem sendo falado desde o início da pandemia. Nesta crise, os investimentos orientados por critérios ambientais, sociais e de governança (ESG) vêm tendo desempenho superior aos demais.
A BlackRock, que tornou o investimento sustentável o foco de sua estratégia de investimento no início deste ano, afirma em relatório que há uma correlação direta entre os critérios ESG e fatores de análise tradicionais, como qualidade e baixa volatilidade.
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Segundo o documento, no primeiro trimestre de 2020, o desempenho foi melhor em 94% dos índices sustentáveis globais analisados, quando comparados a seus benchmarks. A BlackRock lembra que o período é curto para tirar conclusões, mas está em linha com o que foi visto em crises anteriores.
ESG não é “luxo da alta”
Já o Bank of America ressalta que sua pesquisa traz argumentos aos céticos e mostra que é falsa a afirmativa de que ESG é um “luxo do mercado em alta”. Para o banco, os fatores ESG são ainda mais críticos durante uma crise. O relatório aponta que os índices de ESG na Europa superaram seus benchmarks no ano até o momento.
Também destaca que empresas com baixas classificações de ESG nos EUA, Europa e Ásia sofreram maiores revisões de lucros para baixo quando comparadas às companhias com classificação ambiental, social e de governança mais alta, informa o site CIO.
Outro relatório, este produzido pela S&P Global Market Intelligence, ressalta que os fundos que investem em empresas com base em critérios ESG têm funcionado como refúgios “relativamente seguros” na atual crise econômica. Dos 17 fundos analisados, 14 apresentaram desempenho superior – dois tiveram ganhos e 14 tiveram quedas inferiores ao S&P 500 (que caiu 11,4% durante o período estudado), diz o site Think Advisor.
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