Empresas e entidades precisam cumprir uma série requisitos para neutralizarem carbono
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) lançou nesta quarta-feira (16), durante a 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP27, no Egito, a primeira Prática Recomendada para a demonstração de neutralidade de carbono, a ABNT PR 2060.
O anúncio foi realizado no estande Amazônia Legal pela secretária de Meio Ambiente do Mato Grosso presidente da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema), Mauren Lazzaretti.
O documento traz requisitos a serem cumpridos por qualquer empresa ou entidade que busque demonstrar neutralidade de carbono por meio da quantificação, redução e compensação das emissões de gases de efeito estufa (GEE) de um objeto exclusivamente identificado.
Segundo a ABNT, a PR 2060 foi baseada em um documento do Organismo Nacional de Normalização Britânico (BSI) e modificado com novos conceitos, alinhados às normas internacionais ISO relacionadas ao tema de redução de emissões dos gases de efeito estufa.
“O documento apresenta determinação clara de carbono neutro e um meio crível de determinar e demonstrar a neutralidade. A Prática Recomendada também incentiva as empresas e entidades a trabalhar em direção à redução das emissões de gases de efeito estufa e a alcançar reduções genuínas nessas emissões. Seu uso incentiva mudanças reais de comportamento, ajudando a impulsionar a sociedade para uma economia de baixo carbono”, afirmou o presidente da ABNT, Mario William Esper, em comunicado à imprensa.
A ABNT PR 2060 estabelece um Plano de Neutralidade e estabelece os passos que as empresas devem seguir para isso, como a definição do objeto das emissões de GEE, a quantificação da pegada de carbono e a declaração de compromisso com a neutralidade de carbono.
A Prática Recomendada ABNT PR 2060 foi elaborada pelo Comitê Brasileiro de Gestão Ambiental do ABNT/CB-038, e está disponível no ABNT Catálogo.
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