Startups brasileiras com propósito social receberam US$ 770 milhões de investimento
O ecossistema de startups tem alavancado a agenda socioambiental das empresas. Atualmente, existem 816 startups no Brasil com foco em ESG (Environmental, Social and Governance, em inglês), segundo relatório mais recente do hub de inovação Distrito. Publicado em julho, o Inside ESG Tech Report #3 mostra dados das startups voltadas a questões socioambientais, explica suas subcategorias e indica tendências.
Segundo o relatório, startups com foco em ESG se concentram na região Sudeste: a maioria (52,4%) está no estado de São Paulo; Minas Gerais aparece em segundo lugar (10%) e Rio de Janeiro, em terceiro (8,6%).
Ambiental, social e governança
Dentre as startups ESG, mapeadas pelo Distrito, 36,2% trabalham com questões ambientais; 31,6% com governança corporativa; e 31,5%, com questões sociais. O setor que predomina entre elas é o de “água e energia” (18,5%), o que explica o foco ambiental estar um pouco à frente dos demais.
Nesta edição do relatório, foram analisados os investimentos do “S” (Social) do ESG, com o objetivo de entender como os empresários estão buscando soluções para problemas sociais do Brasil.
Acompanhe as notícias sobre ESG em nosso site e inscreva-se na newsletter do ESG Insights para receber um resumo semanal gratuito em seu e-mail.
Os números indicam crescimento acelerado na categoria: as startups com foco social receberam mais de US$ 770 milhões de investimento desde 2012. Cerca de 96% do total de investimento foi realizado nos últimos três anos.
Logo no primeiro semestre, 2021 já se classificou como o segundo ano que mais recebeu investimento da década: mais de US$ 266 milhões. Isso representa um crescimento de 85% em relação aos dois semestres do ano anterior.
Startups sociais: o que fazem?
O relatório levantou ainda em quais setores as startups voltadas a questões sociais se encontram. O setor HealthTech (saúde) abriga 30,2% delas. Em segundo lugar, estão as MarTech (marketing), com 22%, seguidas das EdTech (educação), com 15,7%, e das FinTech (finanças), com 8,6%.
Startups “sociais” também podem ter diferentes subcategorias. Veja quais são e quantas se enquadram em cada uma:
• Negócios de impacto social (44%): buscam impacto social positivo através do próprio core business, ou seja, a atividade principal deve beneficiar diretamente pessoas com renda mais baixa;
• Colaboradores (29%): startups que oferecem soluções para outras empresas, focando na saúde, bem-estar e qualidade de vida dos colaboradores;
• Consumidores (20,4%): startups que oferecem soluções para grandes empresas melhorarem o relacionamento e a transparência com seus consumidores;
• Filantropia (3,5%): startups com soluções que ajudam empresas interessadas em investir seu capital em projetos sociais;
• Comunidade (3,1%): startups que oferecem serviços a grandes empresas e, ao mesmo tempo, direcionam parte dos seus recursos para gerar impacto social na comunidade ao seu redor.
Para conferir o relatório completo, é necessário assinar o plano anual “Inside ESG Report”. Saiba mais em: https://distrito.me/dataminer/reports/
ÚLTIMAS NOTÍCIAS
- Fim da escala 6×1: entenda a proposta em debate no Congresso
PEC prevê avanços que podem ser anulados por regra aprovada na reforma trabalhista, alerta juíza do Trabalho - Agronegócio: do discurso verde na COP ao desmonte das leis ambientais
Setor vende imagem de que boas práticas são solução para crise climática, sem reconhecer responsabilidade por problema - Controle portuário pode frear excesso de plástico no Sul Global
Estudo brasileiro destaca o papel dos portos marítimos no rastreamento e controle do excesso de plástico - ONU aponta que investimentos climáticos e ambientais previnem mortes
Pnuma lança a sétima edição do Panorama Ambiental Global - Nova lei de licenciamento ambiental preocupa e deve chegar ao STF
Rodrigo Agostinho aponta necessidade de regular lei e investir na estrutura de fiscalização de órgãos executivos - Após COP30, petróleo brasileiro avança rumo ao mercado global
Exportações disparam e o setor busca consolidar posição internacional - IA avança na indústria da moda, mas produção segue precarizada
Até 2030, 30% do trabalho em diferentes elos da cadeia da moda na Europa e nos EUA deverá estar automatizado por IA - Desigualdade salarial: líderes negros ganham 34% a menos
Entre todos os trabalhadores, brancos recebem 66% a mais - COP30 repetiu erros e revelou contradições da transição energética
Mobilização de povos amazônicos reforçou a centralidade dos povos originários na defesa dos ecossistemas e na denúncia da crise climática - COP30: entre vitrine climática, finanças e resistência popular
Conferência combinou áreas diplomáticas, estruturas corporativas e espaços da sociedade civil, em uma arquitetura que cada vez mais favorece interesses privados
Insights no seu e-mail
Um resumo da revista ESG Insights, além de notícias e outros conteúdos sobre sustentabilidade. Grátis no seu e-mail.
