Jay Clayton diz que fusão de dados em índice único leva a análises imprecisas e favorece “green washing”
Jay Clayton, presidente da Securities and Exchange Commission (SEC), principal órgão regulador de ativos nos Estados Unidos, aponta que há um risco em acreditar em classificações únicas que tentem consolidar avaliações sobre questões ambientais, sociais e de governança como parte de uma decisão de investimento. Segundo ele, qualquer análise que combine métricas das três áreas em uma única classificação ESG seria “imprecisa”.
“Não vi circunstâncias em que combinando uma análise de E, S e G, em um ampla gama de empresas, por exemplo, com uma única classificação, facilitaria uma análise de investimento que não fosse significativamente excessiva e imprecisa”, disse Clayton, em reportagem publicada no Financial Times.
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A SEC busca ouvir as opiniões de gerentes de ativos sobre as classificações ESG em meio ao crescimento das preocupações com o crescente risco de “lavagem verde” (“green washing”) por empresas que estariam fraudando informações ambientais para atrair investidores, segundo o jornal.
Segundo o Times, muitos fundos atraem novos ativos depois de se tornarem signatários dos Principles for Responsible Investment (PRI), mas apenas um pequeno número melhora seu desempenho ESG, de acordo com estudo publicado por pesquisadores da Northwestern University e do Georgia Institute of Technology.
Leia mais informações no site do Financial Times.
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