Levantamento do Sebrae indica que mulheres têm sofrido preconceito e falta de apoio no meio corporativo
No mundo do empreendedorismo, problemas de autoconfiança e uma autoavaliação socioemocional mais negativa acompanham as mulheres que estão à frente dos negócios. É o que aponta a pesquisa Empreendedorismo Feminino, do Sebrae, que escutou cerca de 7 mil empreendedores – dos dois gêneros – de todo o país.
Esse sentimento é compartilhado por 70% das empreendedoras entrevistadas, enquanto 85% dos homens disseram se sentir seguros sobre sua própria imagem. Em relação a procurar ajuda em caso de ansiedade ou angústia, 49% das mulheres buscam apoio em amigos e na terapia. Apenas 35% dos homens tem a mesma iniciativa.
Diferenças na autoavaliação também marcam questões de gênero
Quando a questão é a facilidade para definir projetos e transformar sonhos em realidade, a diferença entre homens e mulheres é de 11 pontos percentuais (72% e 61%, respectivamente). Já na percepção sobre si em relação à facilidade para falar em público, a diferença cai – 59% e 52%. Sobre conhecer os pontos fortes e fracos e as capacidades de resolver problemas, 87% dos entrevistados do gênero masculino afirmaram que têm o domínio dessas habilidades, contra 83% do público feminino.
Falta de apoio às mulheres
Uma das razões para as empreendedoras se sentirem menos confiantes pode estar ligada a outro dado do levantamento. A pesquisa sinalizou que as mulheres têm menos apoio do cônjuge para abrir ou gerir seus negócios. Entre empreendedores do gênero masculino, o apoio da cônjuge é mais frequente do que entre mulheres, quando 68% deles afirmaram terem sido ajudados contra 61% delas.
Além disso, 42% das empreendedoras já viram outras mulheres sofrerem preconceito pela questão do gênero. O levantamento também indica que uma em cada quatro mulheres (24%) já sofreu essa situação na pele.
Leia o estudo completo aqui.
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