Segundo relatório, 3% das gestoras pesquisadas são consideradas referências no Brasil sobre o tema
A XP lançou, no começo de outubro, um relatório que mostra que apenas 3% das 60 gestoras pesquisadas apresentaram “práticas e processos na linha do que é considerado de excelência globalmente” em termos de ESG, sendo consideradas referências no Brasil sobre o tema. Por outro lado, 76% ainda não iniciaram sua jornada nessa temática ou estão num estágio inicial. As duas gestoras que se destacaram são a FAMA Investimentos e a JGP.
A primeira edição do Relatório XPA ESG avaliou a adesão ao ESG tanto na gestão dos investimentos realizados pelas gestoras quanto por suas políticas internas de diversidade e inclusão.
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O estudo destaca que há três tipos de comportamento em relação a adoção da temática ESG. Existem as gestoras que o fazem movidas pela convicção em torno do tema, valorizado por seus principais sócios. Há também aquelas que estão respondendo a pressões de investidores e de pares. Por fim, um terceiro grupo decidiu ainda não trilhar um caminho estruturado em direção à temática ESG.
Outro destaque do relatório é a necessidade de “tropicalizar a agenda ESG” das gestoras para que ela esteja ligada de fato a questões pertinentes ao Brasil. Segundo o estudo, muitas corretoras ainda fazem apenas um “copy and paste” de temas prioritários de seus pares europeus.
Um detalhe interessante é que muitos dos entrevistados apontaram como ponto de virada para a agenda ESG no Brasil o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho. “O acidente mostrou que não dava mais para o mundo financeiro ignorar riscos que até então não conseguiam precificar”, disse um deles.
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