Estudo indica que desinvestimento e ação ativa como acionistas são estratégias válidas
Se um investidor está descontente com a atuação ambiental, social e de governança (ESG) de determinada empresa, o que ele deve fazer? Vender suas posições na companhia? Ou continuar como acionista, porém atuando ativamente para a revisão de sua estratégia?
Em geral, a tese do desinvestimento costuma ser criticada porque, ao sair, o investidor abre mão de qualquer poder de influência – portanto não ajudaria a melhorar a visão ESG daquela companhia. Mas um estudo que acaba de ser divulgado pela Scientific Beta argumenta que essa estratégia também é válida.
A publicação ESG Engagement and Divestment: Mutually Exclusive or Mutually Reinforcing? (Engajamento e desinvestimento ESG: mutuamente exclusivos ou reforçados mutuamente?) defende que tanto o desinvestimento quanto o engajamento são ações que promovem mudanças.
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Segundo o documento, o desinvestimento é uma força de mudança quando contribui direta e indiretamente para aumentar o custo de capital das empresas. Isso limita a capacidade de investimento da companhia e incentiva a administração a melhorar o desempenho ESG.
Já o envolvimento também pode contribuir para melhorar o desempenho ESG das empresas investidas. Segundo a Scientific Beta, resultados empíricos de estudos acadêmicos indicam que ambas as abordagens podem ser eficazes.
Desinvestimento e engajamento não são mutuamente exclusivos, diz o estudo. Deixar aberta a possibilidade de desinvestimento é um pré-requisito para um engajamento efetivo. Por outro lado, o engajamento pode tornar as campanhas de desinvestimento mais eficazes. Saídas amplamente divulgadas podem ser mais impactantes que as silenciosas. Por isso, engajamento e o desinvestimento se reforçam mutuamente.
O trabalho ressalta que a filtragem direta de ESG – ou seja, remoção dos piores desempenhos de ESG do universo de empresas passíveis de investimento – envia sinais claros às companhias. Em combinação com o engajamento ESG, a filtragem prepara o terreno para uma política eficaz de investimentos em ESG, afirma a Scientific Beta.
A Scientific Beta é uma iniciativa do EDHEC-Risk Institute, ligado à EDHEC Business School, da França. O documento Beta pode ser acessado na íntegra neste link.
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