No Brasil, 74% das empresas planejam contratar pessoas com conhecimentos em sustentabilidade, revela estudo
O ritmo acelerado da transição verde ao redor do mundo está intensificando a competição por talentos. É o que revela a pesquisa Building Competitive Advantage with A People-First Green Business Transformation (Construindo vantagem competitiva com pessoas em primeiro lugar na transformação empresarial verde, em português), realizada pela ManpowerGroup, empresa especializada em soluções para a força de trabalho.
O levantamento mostra que a demanda por green skills, também conhecido por habilidades verdes em português, supera a oferta à medida que os empregadores recrutam e retêm talentos qualificados, que são essenciais para alcançar metas ambiciosas de sustentabilidade.
No Brasil 74% dos empregadores estão contratando ou planejando recrutar talentos verdes e pessoas com conhecimentos em sustentabilidade. Um índice maior do que nos outros países pesquisados (média de 70% das empresas).
Com base nas pesquisas realizadas com quase 39 mil empregadores e mais de 5 mil trabalhadores ao redor do mundo, as conclusões destacam uma concordância de que a escassez de talentos, a urgência climática e a tecnologia disruptiva dificultam o progresso da sustentabilidade. Sendo 2023 o ano mais quente já registado, o relatório sublinha a urgência de as organizações cumprirem os seus objetivos e compromissos ambientais.
Principais descobertas sobre talento verde
- Procura como nunca vista antes: 70% dos empregadores estão contratando com urgência ou planejam recrutar talentos verdes e pessoas com conhecimentos em sustentabilidade. A maior procura está nas áreas de energias renováveis, produção, operações e tecnologia da informação. No Brasil, a média é 74% das empresas.
- Aumento da ausência de habilidades no mundo: apesar da procura, apenas um em cada oito trabalhadores possui atualmente mais do que uma habilidade verde. Isso gera uma escassez exponencial à medida que as empresas competem por talentos limitados.
- Alta demanda da indústria: as indústrias de energia e serviços públicos (81%), tecnologia da informação (77%), finanças e imóveis (75%), industriais e materiais (74%) e transporte, logística e automotiva (73%) lideram a tabela de classificação com as maiores intenções de contratar talentos verdes para cumprir as metas de sustentabilidade.
- Obstáculos que retardam o progresso: as lideranças das empresas citaram a descoberta de candidatos qualificados (44%), a criação de programas eficazes de requalificação (39%) e a identificação de habilidades transferíveis (36%) como as principais barreiras para realizar a transição verde.
- Ceticismo da força de trabalho: embora 70% dos trabalhadores administrativos digam que estão prontos para abraçar a transição verde, apenas 57% dos seus colegas operários dizem o mesmo.
- A geração Z exige responsabilidade: 75% dos candidatos da geração Z pesquisam a reputação verde de uma possível empresa e quase metade (46%) afirma que isso terá impacto na probabilidade de escolher um determinado lugar.
- Divisão geracional: 66% da geração Z e 64% dos millennials acreditam que as medidas de sustentabilidade vão melhorar o seu trabalho, em comparação com apenas 44% dos baby boomers.
O levantamento concluiu que a criação de um plano de transição dos trabalhadores para funções verdes de alta demanda continua sendo prioridade.
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