Peso, falta de maquiagem e preocupações com o cabelo são algumas das pressões estéticas relatadas
Não são apenas as habilidades das mulheres que são constantemente questionadas no ambiente de trabalho. A cobrança por uma aparência perfeita também impacta diretamente na carreira. Segundo um estudo da marca de cosméticos The Body Shop em parceria com o Instituto Plano de Menina, 69% das mulheres já sentiram alguma pressão estética no emprego.
O levantamento investiga o impacto dos padrões de beleza para as mulheres no mercado de trabalho e explora temas como a autoestima e as pressões estéticas; a relação entre profissionais de recrutamento versus a aparência das candidatas e as estratégias que as mulheres adotam para enfrentar isso.
Mais da metade das mulheres relata falta de diversidade em cargos de liderança
A pesquisa revela que 40% das mulheres acreditam ter perdido oportunidades profissionais devido a sua aparência. Quando questionadas sobre os sentimentos após sentir pressão, 56% afirmam que o desempenho no trabalho sofreu quedas significativas.
Essa pressão estética pode nascer entre os próprios colegas de trabalho (50%) ou de questões internas, nas quais elas se comparam com outras mulheres da empresa (31%). Quase todas (81%) dizem que não se sentem à vontade para usar os canais de apoio e de suporte das suas empresas nessas situações.
Diante disso, 45% já modificaram a aparência. As principais pressões se relacionam a peso (68%), não estar maquiada (58%), cabelo (32%) e vestimenta (40%).
Outro achado relevante é a falta de diversidade nos ambientes empresariais. Sessenta por cento das mulheres entrevistadas relatam uma ausência de diversidade racial e estética nos cargos de liderança. Para elas, pessoas que estão dentro dos padrões de beleza impostos pela sociedade têm maiores chances de ocupar cargos altos, pois a beleza conta como um fator de decisão.
- Leia também: Falta de interesse de lideranças é obstáculo à inclusão de grupos minorizados no trabalho, diz Cris Kerr, CEO da CKZ
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