Levantamento inédito calcula valor que deve ser pago pelas grandes empresas entre 2025 e 2050
As maiores empresas da indústria fóssil (o setor de óleo, gás e carvão) estão em dívida com as comunidades prejudicadas pela crise climática. Estima-se que o déficit ultrapasse os US$ 209 bilhões. É o que defende o estudo Time to pay the piper: Fossil fuel companies’ reparations for climate damages, publicado na sexta-feira (19) pela revista científica One Earth. O documento traz cálculos sobre os danos materiais causados ao planeta, que devem ser reparados entre 2025 e 2050. A determinação dessa data leva em consideração as emissões realizadas no período de 1988 a 2022.
Entre as 21 grandes empresas da indústria fóssil que constam na análise estão Saudi Aramco, com US$ 42.7 bilhões, seguida de ExxonMobil, Shell, BP, Chevron, Abu Dhabi , Peabody Energy, TotalEnergies, Kuwait Petroleum Corp (veja gráfico). A empresa brasileira Petrobras também aparece na lista com dívida de cerca de US$ 4 bilhões anuais.
Os valores estimados consideram somente os danos materiais causados. As mortes e o comprometimento da fauna e flora – levando algumas espécies à extinção – não foram incluídos nos cálculos.
O estudo foca na responsabilidade que a indústria fóssil tem nas mudanças climáticas e na intensificação de fenômenos climáticos extremos, mas não se limita apenas às comunidades afetadas diretamente.
Confira o estudo completo Time to pay the piper: Fossil fuel companies’ reparations for climate damages.
ÚLTIMAS NOTÍCIAS
- A tragédia do Sul e os desafios das cidades frente às mudanças climáticasÉ preciso criar novos modelos de cidades, que levem em conta as chuvas e o uso e ocupação do solo
- Aquecimento global pode ultrapassar 1,5 °C em 2024. O que nos espera?O aumento das temperaturas é um risco para a humanidade, ameaçando alimentação, renda e saúde
- Agenda ESG: cursos e eventos da semana – 13/5Oportunidades de formação e especialização na área ESG
- Resumo da semana ESG: carros elétricos, mitos e verdades sobre ESG e enchentes no RSPrincipais temas trabalhados na semana do ESG Insights
- E-bikes são uma forma custosa de reduzir as emissões de carbono, mas promovem saúdeOutros benefícios da bicicleta elétrica são equidade, ar mais limpo, redução de trânsito e economia de combustível
- Mudanças climáticas pioram enchentes e ampliam debate sobre “cidades-esponja”Cidades nos EUA estão adotando infraestrutura verde, mas de forma fragmentada; enchentes provocadas pelas mudanças climáticas exigem uma abordagem mais ampla
- Carros elétricos são alternativa para empresas na descarbonizaçãoEm busca da descarbonização, muitas empresas têm investido em eletrificação, utilização de biocombustíveis e de veículos a hidrogênio na sua frota
- Chuvas no Rio Grande do Sul mobilizam empresas a realizar doaçõesAmbev produz água potável; Safra doa R$ 1 milhão. Conheça algumas iniciativas
- B3 lança classificação para “ações verdes”A participação é voluntária e, segundo a bolsa, foi desenvolvida para incentivar as práticas ESG das empresas
- B3 atualiza índices de Sustentabilidade e de Diversidade; veja todas as ações participantesEntram Carrefour e Dasa, saem Equatorial, Marfrig e outras; confira as mudanças completas
Insights no seu e-mail
Um resumo das novidades em ESG, além de entrevistas e artigos exclusivos. Semanalmente no seu e-mail, de graça.